Notícias e Comunicados

Médico

Concurso de mobilidade de MGF discrimina carreiras e regiões

No dia 10 de Abril, foi publicado em Diário da República um procedimento concursal que visa a mobilidade apenas dos médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF). Além disso, tratam-se de 86 postos de trabalho para os quais apenas os colegas com vínculo público podem concorrer, estando os médicos de família com contratos individuais de trabalho impedidos de o fazer.

A FNAM questiona ainda o critério de atribuição destas vagas, uma vez que não se entende a razão da ausência de vagas para a região do Alentejo e a existência de apenas seis para o Algarve, que são locais extremamente carenciados em cuidados de saúde primários.

A FNAM relembra o Ministério da Saúde do compromisso que assumiu para a abertura de concursos de mobilidade para TODOS os médicos de família, bem como para os médicos hospitalares e de saúde pública.

No demais, os concursos de mobilidade são vitais para o preenchimento de vagas nos locais mais carenciados, onde os médicos são extremamente necessários.

A FNAM não aceita, de forma alguma, qualquer manobra populista que sirva acima de tudo os interesses políticos do Governo, discriminatória, que crie desigualdades profundas entre os médicos de MGF e que deixe de fora os médicos hospitalares e de saúde pública.

Médicos

Posição da Federação Nacional dos Médicos sobre o «Projeto de Regulamento que define o ato médico»

A FNAM manifesta publicamente o seu apoio à iniciativa da Ordem dos Médicos que define o ato médico. Como garantia da qualidade do exercício da medicina, a FNAM tem defendido desde sempre, a carreira médica, a par do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Só a carreira médica permite a necessária diferenciação técnico-científica, garantindo ao médico uma estrutura de trabalho organizada e a sua autonomia técnico-científica. É também a sucessiva especialização que mantém a qualidade da formação dos médicos mais novos. Trata-se de uma forma de trabalho assente na complementaridade, que permite uma troca técnico-científica bilateral, sem inter-substituição das diferentes capacidades.

Em 2009, a FNAM assinou os Decretos-Lei 176 e 177 – onde definiu pela primeira o «Perfil profissional» do médico como «o profissional legalmente habilitado ao exercício da medicina, capacitado para o diagnóstico, tratamento, prevenção ou recuperação de doenças ou outros problemas de saúde, e apto a prestar cuidados e a intervir sobre indivíduos, conjuntos de indivíduos ou grupos populacionais, doentes ou saudáveis, tendo em vista a proteção, melhoria ou manutenção do seu estado e nível de saúde».

Assim, a FNAM defende a criação da carreira médica nos diferentes locais de trabalho dos médicos, como espelhado nas negociações com entidades do sector público, social ou privado, uma vez que esta é a principal contribuidora da qualidade do ato médico, da diferenciação e da autonomia técnico-científica.

No presente momento, assistimos a uma degradação do SNS, motivada por forças de cariz económico que se sobrepõem ao direito mais básico à saúde dos cidadãos e à dignificação das condições de trabalho dos profissionais. Mas a FNAM mantém da defesa do exercício da medicina e da carreira médica em todos os contextos, além de um SNS universal, público e de qualidade!

Tempos padrão para consultas

FNAM pronuncia-se sobre “Tempos de Consulta”

No dia 11 de Fevereiro de 2019, a Ordem dos Médicos (OM) divulgou um documento que «aponta o caminho de uma ponderação técnica e científica na definição dos tempos de consulta». Este documento foi desenvolvido com os contributos dos Colégios das Especialidades e Competências e das Secções de Subespecialidade da OM.
O documento ficou em discussão pública durante 30 dias e a FNAM vem emitir a sua opinião.

É importante salvaguardar que a OM visa, com este documento, a preservação da relação humanizada com o doente, e da qualidade da prática médica, ao determinar os tempos mínimos para a realização de consultas, de acordo com a especialidade médica em causa.

É de notar que a humanização na relação médico-doente vem sendo perdida devido a condições externas, impostas pelas administrações que em nada preconizam a defesa da saúde da população, mas somente objectivos economicistas de «produção» de números de consultas e cirurgias.

Se por um lado a OM visa a determinação de tempos de consulta clinicamente adequados e eticamente aceitáveis, a FNAM, como sindicato médico, reforça esta posição e alerta que estes limites mínimos de tempo são fundamentais para salvaguardar o acto médico, defendendo assim a prestação dos melhores cuidados de saúde aos doentes e os direitos dos médicos que os assistem.

A FNAM informa ainda que cabe aos médicos, individualmente, recusar qualquer imposição por parte das suas chefias que ponham em causa os direitos dos doentes e dos próprios médicos.

Cabe às administrações das entidades de saúde a responsabilização pelas suas deficiências, nomeadamente a precariedade dos cuidados que prestam.

Médico

Cimeira FNAM/SIM, no dia 27 de Março

A FNAM e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) irão realizar, no dia 27 de Março de 2019, uma cimeira entre as duas organizações para análise detalhada, circunstanciada e exaustiva do impasse que tem imperado no processo negocial com Governo, que não tem aproveitado a abertura negocial e a paciência reveladas pelos sindicatos, em três anos de resultados praticamente nulos.

É fundamental a dignificação a carreira médica e revitalizar o papel do médico.

Essa atitude e o mais baixo investimento de sempre no Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem agravado a qualidade e a acessibilidade dos portugueses aos serviços de saúde, com aumento das listas de espera em tempo e em número.

Após a cimeira, será emitida declaração conjunta que deverá ser seriamente analisada pelo Ministério na reunião negocial de 3 de Abril, às 10h30.

estetoscópio

Médicos duplamente discriminados pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde publicou, no início desta semana, em Diário da República, um despacho que possibilita a contratação de profissionais de saúde sem necessidade do aval prévio das Finanças, mas que deixou de fora os médicos. A Ministra da Saúde, Marta Temido, justificou esta atitude discriminatória com o facto de os médicos serem contratados através da abertura de concursos.

Contudo, os concursos não têm correspondido às necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no que respeita às vagas mais carenciadas nem às expectativas dos médicos, resultando em várias vagas por preencher, como aconteceu no concurso para Medicina Geral e Familiar de Dezembro de 2018. Não será por acaso que, sendo a região Norte onde existem mais Unidades de Saúde Familiar (USF), que proporcionam condições e salários mais atractivos, no referido concurso, tenham ficado preenchidas quase todas as vagas abertas para essa região (18 em 21), vindo o número a reduzir para Sul. 

Ao excluir os médicos do despacho que permitiria a sua substituição, por um lado, e ao não adoptar uma política de contratações com condições de trabalho dignas, por outro, a Ministra da Saúde está a discriminar duplamente os médicos. 

O Governo tem sustentado a sua política de saúde na destruição das carreiras médicas e no recurso à excessiva carga de horas suplementares e à contratação de tarefeiros para obviar a carência de profissionais. Recorde-se que, em 2016 e 2017, o Estado gastou quase 100 milhões de euros por ano com tarefeiros. A falta de médicos não pode continuar a ser colmatada com horas extraordinárias e com o desrespeito pelos médicos.

A FNAM defende, como sempre defendeu, a abertura atempada de concursos, a reabilitação da carreira médica e dignificação da profissão e a implementação de incentivos concretos para a fixação de médicos em regiões carenciadas.

Se a Ministra da Saúde deseja que as vagas dos concursos sejam preenchidas, como é o desejo também dos médicos, tem de dar uma resposta clara e honesta já na próxima reunião negocial, no dia 3 de Abril, sobre as várias questões do caderno reivindicativo: concursos para o internato de especialidade, grau de especialista, consultor e assistente graduado, assim como a calendarização da redução das horas de urgência semanal de 18 para 12 horas e o redimensionamento das listas de utentes dos médicos de família.

Hospital de Santa Maria

Médicos especialistas de ORL movem ação judicial, por discriminação e assédio moral, contra o CHULN e o Diretor do Serviço de ORL do Hospital de Santa Maria

Vários médicos especialistas de ORL, uns ainda em funções, outro recentemente forçado a sair do SNS, com o apoio e patrocínio do Serviço Jurídico do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), deram entrada, junto do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa e do Tribunal do Trabalho de Lisboa, com ações individuais, por discriminação e assédio moral no local de trabalho, contra o CHULN, representado pelo seu cessante Conselho de Administração, e contra o Diretor do Serviço de ORL do Hospital de Santa Maria, ainda em funções.

Em causa estão matérias como violação dos horários individuais de trabalho aprovados e em vigor, planificação laboral conhecida praticamente de véspera, e discriminação no acesso ao Bloco Operatório, nas escalas para o Serviço de Urgência, no gozo de férias, nas idas a congressos, bem como na autorização para lecionar na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em acumulação com o exercício das funções assistenciais.

Os autores das referidas ações judiciais, todos eles assistentes hospitalares graduados da carreira especial médica, são, no plano técnico-científico, dos elementos mais diferenciados do Serviço de ORL do Hospital de Santa Maria, e sentem que, para além de estarem a ser privados dos tempos semanais de Bloco Operatório a que têm direito, para tratamento dos seus doentes, estão a ser escalados para o Serviço de Urgência com tempos de intervalo que violam as normas de segurança clínica mínimas, para médicos e doentes, aprovadas pela Direção-Geral de Saúde e Ordem dos Médicos. Isto enquanto outros elementos do Serviço, menos diferenciados, gozam de mais tempos cirúrgicos e são autorizados a cumprir parte do seu horário fora do Hospital (Unidade de Saúde Local do Litoral Alentejano e Centro Hospitalar Universitário do Algarve), ao abrigo de protocolos celebrados, de modo não transparente, com o CHULN, e a coberto de regimes contratuais de duvidosa legalidade.

Relembra-se que o atual Diretor do Serviço de ORL do Hospital de Santa Maria, a exercer o cargo desde 1 de novembro de 2016, na sequência de nomeação proferida pelo Conselho de Administração cessante do CHULN, sob proposta da Diretora Clínica, ocupava, à data, o 9º (nono) lugar na hierarquia do Serviço em termos da carreira especial médica

O Nomeado, para além da sua proximidade com o ex-Ministro da Saúde e com o, agora cessante, Presidente do Conselho de Administração do CHULN, acumulava e continua a acumular funções consultivas num grupo privado de Saúde, facto que levou o SMZS a denunciar de imediato a nomeação como “política” e lesiva do interesse público.

O Nomeado, posteriormente:

a) Viu suspensa, pela Ordem dos Médicos, a capacidade formativa do Serviço que dirige, por ter sido provada a existência de “factos relevantes que põem em causa o regular funcionamento assistencial e formativo do Serviço”. Em consequência dessa decisão, não está presentemente autorizada a entrada de novos Internos no Serviço;
b) Viu ser reportado, à Ordem dos Médicos, o afastamento deliberado da vida clínica do Serviço dos médicos seniores que contestaram a nomeação, por via da sua discriminação no acesso ao Bloco Operatório. Daqui resultou não só a suspensão do programa de Implantes Cocleares do Hospital de Santa Maria (parado desde Janeiro 2017, com doentes em espera desde 2015), como a progressiva redução do grau de diferenciação técnica das cirurgias que se efetuam no Serviço que, presentemente, não está longe do nível de um hospital secundário;
c) Viu ser reportado à Ordem dos Médicos o facto de, em consequência do ambiente tóxico entre pares, terem já saído 8 médicos do Serviço no espaço de pouco mais de um ano, bem como o facto de nenhum dos Internos que, entretanto, concluiu a Especialidade, ter querido ficar no Hospital, e, ainda, o facto de um recente concurso para admissão de Especialista ter fechado sem a apresentação de uma única candidatura – situação absolutamente inédita no Hospital Santa Maria.

O Serviço, fortemente desprestigiado na comunidade médica, não tem já clínicos para assegurar escalas, o que levou o Nomeado a encetar diligências para que outros Serviços de ORL de Lisboa venham “ajudar” na Urgência do Hospital de Santa Maria.

Acresce o facto de, na sequência das audições da Ordem, que resultaram na suspensão da idoneidade formativa, o Nomeado ter apresentado queixa-crime, por difamação, contra cinco médicos seniores do Serviço, entretanto constituídos arguidos em regime de termo de identidade e residência.

O SMZS entende que não é mais possível aceitar que um Serviço Hospitalar Universitário continuar a trabalhar nos termos acima expostos e, por isso, apoia inequivocamente a luta dos Especialistas, seus Associados, que agora iniciaram a referida ação judicial, na defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos.

Essa luta defende, simultaneamente, a Dignidade do Trabalho Médico, o Interesse Público, em nome dos doentes, e o verdadeiro SNS, expurgado dos interesses de privados.

E também traduz, no momento atual, a realidade do que se passa no Hospital de Santa Maria, representando a outra face da recente tomada de posição pública de Diretores de Serviço do Hospital, quase todos nomeados pelo Conselho de Administração cessante, de apoio à continuidade do mesmo, em oposição à recente decisão da Senhora Ministra da Saúde.

A Direcção do SMZS

Maternidade Bissaya Barreto

SMZC/FNAM pede intervenção urgente da Ministra da Saúde

O Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC) alertou já no final de 2017, em ofício enviado ao Ministério da Saúde, para o envelhecimento e insuficiência do quadro médico no Serviço de Neonatologia da Maternidade Bissaya Barreto. Entretanto, ao fim de uma década sem renovação do quadro médico, foi feita uma contratação, que mais não foi que um “penso rápido” num problema de grande envergadura.

No início deste ano, tal foi posto em evidência pela saída da escala de urgência de um médico do quadro. De facto, estamos numa situação emergente, que motivou já envio de ofício à Ministra da Saúde a 8 de Março de 2019. Previamente em reunião a 22 de Fevereiro de 2019 foi também alertado o Conselho de Administração do CHUC.

Esta situação tem levado a uma sobrecarga de trabalho para os profissionais existentes, todos a realizar muito acima das 200 horas extraordinárias permitidas por lei, que se traduz num grau severo de exaustão. Assim o actual quadro do Serviço de Neonatologia não pode continuar a garantir o funcionamento da Unidade de Neonatologia, caso não se verifique contratação urgente de um neonatologista e planeamento de contratação nos próximos dois anos de 3 pediatras para formação em Neonatologia, que se realiza após 2 anos de efectiva actividade em horário completo em Unidade de Neonatologia, o equivalente a um ciclo de estudos especial.

É urgente a intervenção da Ministra da Saúde neste problema uma vez que a contratação em situação excepcional tem de passar por aprovação no Ministério da Saúde e das Finanças. Além disso é necessário resolver o problema de fundo, planeando e permitindo concurso institucional específico para contratação de pediatras para a Neonatalogia.

O Serviço de Neonatologia é fundamental numa maternidade que tem 2.500 partos por ano e na prestação de cuidados a prematuros da região centro e restante país. Esta Unidade recebe grávidas com risco de parto prematuro a partir das 24 semanas da região centro e do restante país. Além da Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia os profissionais garantem realização de consulta externa, avaliação de todos os recém-nascidos da maternidade e consulta de telemedicina.

Para garantir a prestação de cuidados nesta área, considerando os 5000 partos anuais nas maternidades do CHUC, o actual quadro médico na globalidade é manifestamente insuficiente.

Dos nove médicos que asseguram a escala de urgência 24h/7 dias por semana, é prevísivel a reforma de três nos próximos dois anos e mais de metade está dispensada legalmente do serviço de urgência por idade superior a 55 anos.Não obstante, estes seis dos neonatologistas prestaram 2.414 horas extraordinárias em 2018, de forma a garantir a continuidade da assistência médica.

Temos portanto, na prática, 3 médicos neonatologistas, que estão efectivamente em condições de garantir exercício em serviço de urgência, sendo claramente insuficientes para garantir o funcionamento de uma escala 7 dias por semana. Além da saída de um dos elementos da equipa, há que contar ainda com eventual licença de maternidade dos elementos mais jovens do quadro.

Assembleia da República

Comissão Parlamentar de Saúde ignora SMZC sobre situação em Leiria

No dia 13 de Março, teve lugar uma audição da Ordem dos Médicos e do Sindicato Independente dos Médicos sobre a situação no Hospital de Santo André, em Leiria, pela Comissão Parlamentar de Saúde. A FNAM apela à Comissão de Saúde que tenha em boa conta o papel do Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC), que faz parte da FNAM, e que estenda o convite a esta estrutura sindical.

A FNAM recorda que é composta por três estruturas sindicais regionais: o Sindicato dos Médicos da Zona Centro, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) e o Sindicato dos Médicos do Norte (SMN). O SMZC trata de questões relacionadas com problemas laborais na zona centro do país: os distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Viseu e Guarda.

Por isso, qualquer audição ou grupo de trabalho constituído com o objectivo de resolver ou discutir situações que envolvam problemas de âmbito laboral da carreira médica deve necessariamente incluir todos os sindicatos médicos.

Nesse sentido, a FNAM vê com alguma estranheza os requerimentos do Partido Socialista em ouvir a Ordem dos Médicos e do Partido Social Democrata em ouvir o Sindicato Independente dos Médicos, ignorando o importante papel que o SMZC tem tido na salvaguarda dos direitos dos trabalhadores médicos na região, em particular em Leiria.

Estetoscópio

FNAM defende que transitem para modelo B todas as USF A com parecer técnico favorável

Os ministérios da Saúde e das Finanças publicaram, no início de Fevereiro, um despacho que limita o número de novas Unidades de Saúde Familiar (USF).

Curiosamente, o despacho n.º 1174-B/2019 começa por afirmar como prioridades a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o relançamento da reforma dos Cuidados de Saúde Primários e a criação de novas Unidades de Saúde Familiar, contudo mantém a limitação de formação de novas USF, sendo que, para este ano, ainda apresenta uma redução do número de novas USF modelo A (de 30, em 2018, para 20, em 2019), tendo-se mantido a quota de 20 transferências de USF modelo A para B.

Apesar de existirem provas da qualidade de assistência, eficácia e rentabilidade das USF modelo B, existem várias USF modelo A que, tendo sido avaliadas e obtido parecer técnico favorável, continuam a aguardar há mais de dois anos a evolução para modelo B.

Estas medidas levam a desigualdade salarial entre equipas que têm o mesmo desempenho.

Para que esta desigualdade se esbata, a FNAM exige que as quotas de 2019 para a passagem de modelo A para B sejam destinadas a todas as USF que apresentem parecer técnico favorável. 

A FNAM defende que essa evolução seja imediata, assim como exige o fim de quotas para a formação de novas USF A.

Greve SEP

FNAM saudou a greve dos enfermeiros de 22 a 25 de Janeiro

A FNAM saúda os enfermeiros e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) pela sua greve regional, iniciada no dia 22 de Janeiro, na região de Lisboa Vale do Tejo e que se prolongou até ao dia 25 de Janeiro, nas regiões do Algarve, Alentejo e Açores, tendo passado também pelas regiões Centro e Norte.

A luta dos enfermeiros tem como objectivo a correcta contabilização dos pontos para efeitos de descongelamento das progressões e o encerramento da negociação da carreira por parte do Ministério da Saúde.

A FNAM considera que o Ministério da Saúde deve respeitar todos os profissionais de saúde e solidariza-se com os enfermeiros na sua luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

A Comissão Executiva da FNAM

Greve técnicos auxiliares de saúde

FNAM saudou a greve dos técnicos auxiliares de saúde

A FNAM saúda os técnicos auxiliares de saúde e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais pela sua greve nacional do passado dia 25 de Janeiro.

A luta dos técnicos auxiliares de saúde tem como objectivo a reconstituição da sua carreira, que foi eliminada em 2009, de forma a valorizar a sua profissão.

A FNAM considera que o Ministério da Saúde deve respeitar todos os profissionais de saúde e solidariza-se com a luta dos técnicos auxiliares de saúde em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

A Comissão Executiva da FNAM

Médico

Lei de Bases da Saúde deve garantir delimitação de sectores público e privado

No momento em que foram apresentadas várias propostas para uma nova Lei de Bases da Saúde, a FNAM apela à Assembleia da República que faça aprovar uma lei que garanta um Serviço Nacional de Saúde (SNS) público, com delimitação entre os sectores público e privado e que defenda as carreiras médicas.

A FNAM defende um SNS público, universal, solidário e tendencialmente gratuito, sem cobrança de taxas moderadoras, até porque estas comprovadamente não moderam uma procura desnecessária.

A promiscuidade entre o sector público e privado tem conduzido à depauperação do SNS, com o respaldo da Lei de Bases actualmente em vigor. É urgente definir uma política gradual de delimitação entre os sectores público, privado e social, a começar pelo fim do financiamento das unidades privadas através de dinheiros públicos. As entidades do sector social e privado podem assumir um papel supletivo e temporário na prestação de cuidados de saúde, na ausência de resposta adequada e atempada do SNS. Por outro lado, deve haver total transparência na acumulação de funções, por parte de profissionais, quando em trabalho nos vários sectores.

O funcionamento do SNS depende das condições de trabalho dos seus profissionais. Apenas a carreira médica garante a autonomia e independência técnico-científica da profissão médica, mediante concursos públicos de provimento e o respeito rigoroso pela periodicidade anual dos concursos de habilitação aos graus de carreira. A FNAM considera ser necessário assegurar a negociação e integral aplicação dos Acordos Colectivos de Trabalho (ACT) em todos os locais de trabalho e garantir a implementação da carreira médica em todos os estabelecimentos de saúde.

A política de saúde a ser salvaguardada na Lei de Bases da Saúde deve ser centrada nas pessoas, reforçando o papel dos Cuidados de Saúde Primários na estruturação do SNS enquanto padrão de prestação de cuidados de saúde de proximidade e de qualidade.

Petição em defesa do reconhecimento do estatuto de profissão de desgaste rápido aos médicos