A Federação Nacional dos Médicos junta o Sindicato dos Médicos do Norte, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, defendendo os direitos, aspirações e interesses dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde.  A Federação Nacional dos Médicos junta o Sindicato dos Médicos do Norte, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, defendendo os direitos, aspirações e interesses dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde. 

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OE 2025 para a Saúde investe em betão e descura médicos do SNS

OE 2025 para a Saúde investe em betão e descura médicos do SNS

A discussão e votação na especialidade das propostas de alteração do Orçamento do Estado (OE) para a Saúde em 2025, concretizou o subfinanciamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a ausência de investimento nos seus profissionais. De um total de 257 propostas de alteração apresentadas, foram essencialmente aprovadas as relativas a infraestruturas. Contudo, os hospitais e os centros de saúde do SNS não funcionam sem médicos e os demais profissionais de saúde.

O OE 2025 mantém o subfinanciamento do SNS, sendo certo que vamos terminar o ano com saldo negativo e uma baixa execução do investimento em saúde, o que degrada ainda mais as condições de trabalho e o acesso à saúde. Apesar da perda de poder de compra por parte dos médicos, em resultado da inflação crescente, o OE 2025 não tem prevista a melhoria do salário base dos médicos, nem a justa progressão e valorização da carreira. Assim, os médicos vão continuar a ser “expulsos” do SNS, com prejuízo para a população e a sua saúde.

De um total de 2161 propostas de alteração ao OE 2025, 257 eram relativas à Saúde. Destacamos algumas, como as propostas de dedicação exclusiva dos médicos, as que pretendiam um investimento com significado na estrutura salarial e progressão, a reintegração dos médicos internos na carreira, entre outras. Algumas destas propostas, se aprovadas, poderiam constituir medidas centrais numa estratégia global para reverter a fuga de médicos do SNS.

Nas votações, a maioria dos deputados da Assembleia da República escolheu não aprovar as propostas de valorização salarial e melhoria de condições de trabalho, como o regime de exclusividade, opcional e devidamente majorado, os planos para recuperação, atração e fixação de médicos, a atribuição do estatuto de profissão de risco aos médicos ou de reintegração do internato médico na carreira.

A FNAM continuará a defender condições e jornadas de trabalho semanais que promovam a segurança dos doentes, previnam a exaustão através da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar, salários justos para todos os médicos, com direito à progressão e dignificação da nossa carreira no SNS. Exigimos vontade política para preservar e reforçar o SNS com médicos, também pela via da negociação séria e competente, com a FNAM.

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