A Federação Nacional dos Médicos junta o Sindicato dos Médicos do Norte, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, defendendo os direitos, aspirações e interesses dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde.  A Federação Nacional dos Médicos junta o Sindicato dos Médicos do Norte, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, defendendo os direitos, aspirações e interesses dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde. 

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Assédio leva à demissão em bloco de cirurgiões do Hospital Amadora-Sintra

Assédio leva à demissão em bloco de cirurgiões do Hospital Amadora-Sintra

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS-FNAM) alerta para a grave situação causada pela demissão de dez cirurgiões do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), na sequência de uma situação de assédio laboral por parte de dois médicos do serviço, que coloca em risco os cuidados cirúrgicos a mais de 500 mil habitantes da região. Mais de mil consultas foram canceladas, sem previsão de nova data, afetando também o acompanhamento de doentes oncológicos.

Esta situação comprometeu a capacidade de formação em cirurgia geral, o que levou à retirada da idoneidade formativa dada pela Ordem dos Médicos, obrigando à saída imediata de dez médicos internos de Formação Específica e dos internos de Formação Geral para outras unidades de saúde. Esta saída agrava as dificuldades na fixação de médicos cirurgiões, tornando ainda mais difícil qualquer tentativa de reconstruir a equipa de cirurgia.

A FNAM condena firmemente o assédio laboral praticado por dois médicos, um deles antigo diretor de serviço, que gerou um ambiente de instabilidade e limitou o exercício profissional de toda uma equipa. Apesar das repetidas denúncias, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra e o Ministério da Saúde não tiveram qualquer intervenção capaz de resolver o problema. Esta inércia revelou-se fatal para a manutenção de um serviço fundamental, privando a população destes dois concelhos do acesso a cuidados cirúrgicos.

A FNAM exige uma resposta imediata e concreta por parte do Ministério da Saúde liderado por Ana Paula Martins, não podendo continuar a desvalorizar situações e denúncias de assédio laboral no Serviço Nacional de Saúde. Além disso, é necessário garantir condições de trabalho dignas, de forma a fixar médicos no SNS e, neste caso, na ULS Amadora/Sintra.