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Consulta médica

Organização hospitalar: carta ao presidente do Conselho Nacional de Saúde

Exmo. Senhor
Prof. Doutor Henrique Barros
Presidente do Conselho Nacional de Saúde

É convicção generalizada e consensual de que é primordial não só reforçar o poder do cidadão no Serviço Nacional de Saúde (SNS), como colocar o cidadão no centro do mesmo.

A desejada centralidade do doente na modelação da organização dos serviços prestadores implica que o interesse daqueles deve prevalecer sobre quaisquer outros presentes na realidade do SNS.

A actual organização e governação dos serviços de saúde, nomeadamente os serviços hospitalares, imutável desde há décadas - organizados em serviços de acção médica monovalentes, funcionando de forma fechada (pouco abertos à abordagem do doente numa perspectiva multidisciplinar), centrados nos desígnios da direcção de serviço e dos grupos profissionais - parece-nos estar longe de satisfazer estes desideratos.

A título de exemplo, pensemos num diabético; para além de consultas de Endocrinologia, pode necessitar de cuidados de Neurologia, de Oftalmologia, de Cirurgia Vascular, de Pé Diabético, de Nutrição, etc. Para ser apoiado nestas diferentes áreas, é obrigado a uma “via-sacra” de consultas, cada uma implicando deslocações quantas vezes de quilómetros por esse País fora.

Ora, tendo em conta as competências do Conselho a que Vexa preside, nomeadamente, «Apreciar e emitir parecer e recomendações sobre questões relativas a temas relacionados com a política de saúde, designadamente: modelo de governação da saúde (…)», vem a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) propor uma urgente reflexão desse órgão sobre a organização hospitalar e correspondente necessidade de reformulação.

Certos da melhor receptividade, somos Cordialmente
Presidente da FNAM
João Proença

 

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